Por que os homens muçulmanos têm barba?

O último e melhor dos Mensageiros, Muhammad ﷺ (a paz esteja com ele), deixava crescer a barba, tal como os califas que se lhe seguiram, os seus companheiros, os líderes e a gente comum dos muçulmanos. Esta é a maneira dos Profetas e Mensageiros e dos seus seguidores, e faz parte da fitrah (predisposição original) com que Allah criou as pessoas. Aisha (que Allah esteja satisfeito com ela) narrou que o Mensageiro de Allah ﷺ (a paz esteja com ele) disse:

Dez práticas fazem parte da Fitrah: aparar o bigode, deixar a barba crescer, usando o palito de dente, enxaguar o nariz, aparar as unhas, lavar as juntas dos dedos, arrancar os pelos das axilas, depilar os pelos púbicos e lavar as partes íntimas com água

Sahih Muslim, 261a

O que se exige do crente, se Allah e Seu Mensageiro ordenaram algo, é que diga: Ouvimos e obedecemos, como Deus disse:

O dito dos crentes, quando convocados a Allah e a Seu Mensageiro, para que este julgue, entre eles é, apenas, dizerem: "Ouvimos e obedecemos." E esses são os bem-aventurados.

Alcorão - 24:51

(interpretação do significado)

Os homens muçulmanos deixam crescer a barba em obediência a Allah e ao Seu Mensageiro. O Profeta ﷺ (a paz esteja com ele) ordenou aos muçulmanos que deixassem crescer livremente a barba e que aparassem o bigode. Foi narrado por Ibn 'Umar que o Profeta Muhammad ﷺ (a paz esteja com ele) disse:

Faça o oposto do que os pagãos fazem. Mantenha as barbas e corte os bigodes curtos.

Sahih al-Bukhari, 5892

Al-Imam Ibn 'Abd al-Barr disse: "É proibido rapar a barba, e ninguém o faz, exceto os homens efeminados", ou seja, os que imitam as mulheres. Jabir relata o seguinte sobre o Profeta Muhammad ﷺ (a paz esteja com ele):

(...) ele tinha uma barba espessa. (...)

Sahih Muslim, 2344b

O Sheikh al-Islam Ibn Taymiyah (que Allah tenha misericórdia dele) disse:

O Alcorão, a Sunnah e o ijma' (consenso académico) indicam que devemos diferir dos incrédulos em todos os aspectos e não imitá-los, porque imitá-los exteriormente fará com que os imitemos nas suas más acções e hábitos, e mesmo nas crenças. (...)